Erro no projecto pára obras no Centro de Apoio Comunitário Familiar de Tomar
Presidente do município não adianta uma previsão para o recomeço da empreitada que visa o realojamento de famílias ciganas do bairro de barracas do Flecheiro.
As obras no Centro de Apoio Comunitário Familiar, na Avenida Fonseca Simões, em Tomar, estão paradas devido a um “pequeno” erro de projecto que tem que ser corrigido. A presidente do município, Anabela Freitas (PS), justificou assim, em reunião de câmara, o facto da empreitada não estar a cumprir os prazos estipulados.
Anabela Freitas não se comprometeu com nenhum prazo para o recomeço das obras. “Não tenho uma data para que as obras avancem, porque o empreiteiro vai encomendar material e estamos à espera que o fornecedor entregue esse material. Só nessa altura as obras podem recomeçar”, explicou. O prazo previsto de entrega da obra seria 19 de Janeiro deste ano, o que não aconteceu.
O Centro de Apoio Comunitário Familiar é um projecto da maioria socialista – que em campanha eleitoral prometeu resolver o problema do Flecheiro em 100 dias – que visa realojar algumas famílias que vivem em barracas na zona do Flecheiro, numa das entradas de Tomar. As famílias que vão viver no Centro Comunitário serão seleccionadas pelos serviços da autarquia e está previsto que paguem renda.
A empreitada foi adjudicada à empresa Arlindo Lopes Dias Construções pelo valor de 339.307 euros e tinham um prazo de execução de 270 dias. Vai ainda ser construído um edifício de acompanhamento para que uma equipa multidisciplinar possa desenvolver trabalho de inclusão social com a comunidade cigana que ali vai viver.
O projecto é igual ao Parque Nómada que existe em Coimbra. São seis módulos, cinco deles para habitação, e não se pretende que a residência seja fixa para as famílias. “A ideia é as famílias estarem ali, alguns anos, como fase de transição para que depois possam ir para outros locais”, explicou o vice-presidente do município, Hugo Cristóvão (PS), em Junho do ano passado.
O autarca acrescentou, na altura, que com a construção do Centro de Apoio Comunitário Familiar as barracas no Flecheiro vão sendo eliminadas até não haver nenhuma família a viver naquele bairro. Em Setembro de 2018, quando O MIRANTE visitou o local, as fundações estavam praticamente terminadas e esperava-se a montagem das habitações em pré-fabricado.