Risco de derrocada encerra casas de banho públicas em Alpriate
Muralha de contenção de terras caiu para dentro de ribeira. Equipamento era usado pela comunidade e também pelos peregrinos que ali passam nos trilhos de Santiago e de Fátima. Junta fechou equipamento por precaução para evitar acidentes.
As casas de banho públicas do lugar de Alpriate, Vialonga, foram encerradas pela junta de freguesia local no início de Janeiro como medida de precaução visando evitar acidentes graves em caso de derrocada. O edifício estava parcialmente assente na muralha de contenção de terras junto da ribeira de Alpriate, que ruiu e deixou as casas de banho em situação precária e em risco de ceder para dentro da linha de água. Na dúvida, visando evitar acidentes, o espaço foi encerrado.
A população, que utiliza as casas de banho com regularidade, compreende a decisão dos autarcas mas pede que o assunto não fique esquecido e que uma solução seja encontrada em breve. Numa das últimas reuniões públicas de câmara de Vila Franca de Xira, o presidente da junta, José António Gomes (CDU), alertou também para a necessidade de ser encontrada uma solução para aquele equipamento, que é também bastante usado pelos peregrinos de Fátima e de Santiago.
“A muralha ter caído não está a criar obstáculos à passagem da água da ribeira, porque ela assentou no fundo. Mas porque a muralha era o suporte das casas de banho públicas de Alpriate decidimos encerrar e soldar as portas. As paredes racharam e estão em vias de cair dentro da ribeira”, refere o autarca.
O presidente do município, Alberto Mesquita (PS), assegura que o seu executivo tomou boa conta do alerta e promete estudar uma solução rápida para o problema. “Vamos junto dos serviços pedir para que possam lá ir e ver se rapidamente têm condições de melhorar as condições de segurança e colocar novamente os sanitários públicos em funcionamento”, promete. Alguns moradores da zona dizem que as casas de banho são importantes porque nem sempre os idosos estão perto de casa ou cafés para poderem fazer as suas necessidades. Além deste problema, outros moradores criticam também os despejos ilegais de entulho que se verificam em alguns caminhos do lugar, situação também já condenada publicamente pelo presidente da junta e que a câmara municipal prometeu dar atenção e apurar a origem.