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Regiões de turismo transformam recursos em produtos para vender
Ceia da Silva é presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo

Regiões de turismo transformam recursos em produtos para vender

Em territórios vastos, como os das regiões de turismo em que os municípios ribatejanos estão inseridos, o importante é promover e vender aquilo que é distintivo. No âmbito do Dia Mundial do Turismo, O MIRANTE falou com os responsáveis do turismo do Centro e do Alentejo e Ribatejo.

Criar a identidade de um território que engloba mais de cem concelhos e desenvolver um sentimento de pertença foi o maior obstáculo ao trabalho de promoção e marketing da Entidade Regional de Turismo do Centro, onde estão agregados os distritos de Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Leiria e Castelo Branco e ainda a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, que abrange os concelhos mais a norte do distrito de Santarém. Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro, diz que está feliz mas não totalmente satisfeito com essa realidade tão abrangente.
A braços com um vasto território está também Ceia da Silva, à frente da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo, que que integra os distritos de Portalegre, Évora e Beja e os municípios da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo. Ceia da Silva realça que neste território existem todos os recursos turísticos, falta trabalhá-los como produtos e vendê-los. É por isso que está a ultimar novos panfletos que deverão ser apresentados em breve.
Sem se querer pronunciar sobre a reestruturação levada a cabo há cinco anos, que resultou no actual mapa das regiões de turismo, o presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo refere que o importante é promover e vender aquilo que é distintivo em cada território, seja no Ribatejo, seja no Alentejo. É o próprio território que diferencia a capacidade e as dinâmicas turísticas e ambos têm muito para oferecer tanto do ponto de vista paisagístico como do património cultural ou da gastronomia e dos vinhos.
Para assinalar o Dia Mundial do Turismo, celebrado a 27 de Setembro, O MIRANTE
esteve à conversa com os presidentes da região de Turismo do Centro e da Entidade Regional de Turismo do Ribatejo e Alentejo, ambos recém-eleitos para novos mandatos, e tentou perceber como se gerem territórios díspares com uma oferta turística tão diferenciada, resultante da reestruturação de 2013 que colocou o distrito de Santarém dividido em duas entidades de turismo diferentes e que abrangem, em território, bem mais de metade do país.

Um aeroporto para a região
Para o responsável pelo Turismo do Centro, a existência de um aeroporto funcional na região, em Monte Real (Leiria) ou em Tancos (Vila Nova da Barquinha), traria vantagens incalculáveis para a actividade turística no Centro de Portugal e, consequentemente, para a economia nacional. Pedro Machado refere que a mobilidade e a acessibilidade são um factor crítico para o turismo e que mais de 60% do fluxo internacional turístico é feito pela via do aeroporto.
Pedro Machado considera que essa infraestrutura seria “uma porta de entrada verdadeiramente essencial nos dias de hoje e que rapidamente se pagaria a ela própria”. E refere ainda que o Santuário de Fátima é o único dos grandes santuários marianos na Europa que não é servido por uma estrutura aeroportuária.
Ceia da Silva reforça que a proximidade a Lisboa dos territórios que gere turisticamente, antes tida como um factor negativo, agora entende-se como uma mais-valia que deve ser potenciada e explorada, atraindo para o Ribatejo e Alentejo turistas que de outra forma não visitariam estas regiões.

Turismo em alta nas duas regiões
Os números do Instituto Nacional de Estatística são animadores para ambas as regiões turísticas. Nos estabelecimentos de Turismo no Espaço Rural e Turismo de Habitação, as maiores taxas de crescimento do número de dormidas registaram-se nas regiões Centro (+39,1%) e Alentejo (+23,9%), entre 2013 e 2016.
As regiões com maior crescimento na capacidade dos hotéis de quatro e cinco estrelas foram também o Alentejo e o Centro, com taxas de crescimento médio anual de 9,3% e 8,1%, respectivamente, quando a média nacional ronda os 5%.

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