Cultura | 14-05-2021 10:00

A Ascensão são os toiros,  os copos com amigos  e os concertos de música

A Ascensão são os toiros,  os copos com amigos  e os concertos de música
ESTAMOS EM ASCENSÃO
Ricardo Machado sempre teve uma ligação muito próxima com as festas da Ascensão na Chamusca (foto DR)

Ricardo Machado é um homem da Golegã que também se sente da Chamusca.

Ricardo Machado, mais conhecido por Laranjinha, é natural da Golegã, mas sempre teve uma ligação muito próxima com as Festas da Ascensão na Chamusca. A festa para ele não se passa no campo a apanhar a espiga, mas sim na vila, numa tasquinha qualquer a petiscar e a beber uns copos com os amigos.

“A Ascensão são os toiros, os copos e alguns concertos de música”, afirma. O momento mais alto do certame é quando vê correr os toiros da zona do Areal até à praça de toiros, num momento que não dura mais de três minutos, mas que dá uma “adrenalina incrível”.

A ligação à Chamusca começou na altura em que o pai, José Laranjinha, era o responsável da praça de toiros. Ia com os seus irmãos, um deles gémeo, ajudar o pai para que a praça tivesse em condições para receber as corridas de toiros. “Houve uma altura que me senti chamusquense. Só vinha dormir à Golegã. Tenho saudades desses tempos”, confessa.

A ligação ao mundo tauromáquico acentuou-se quando aceitou, aos 15 anos, representar o Grupo de Forcados do Aposento da Chamusca. Ricardo diz que sempre sentiu muita rivalidade com o outro grupo da terra, os Amadores, mas nos momentos de convívio conseguiu sempre distinguir as amizades do ambiente de competição que ainda hoje existe entre as duas associações. “A Chamusca é uma terra cheia de tradições e isso também se vê pelo facto de ter dois grupos de forcados”, salienta.

A apanha da espiga é uma tradição que se comemora todos os anos na Quinta-Feira de Ascensão, dia em que a Igreja comemora a ascensão de Jesus Cristo ao céu, mas Ricardo nunca deu muito para esse peditório. “É uma questão de hábito. Acho que a apanha da espiga também tem de se adaptar aos novos tempos para conseguir cativar os jovens”, sugere.

Ricardo lamenta que a semana da Ascensão na Chamusca volte, este ano, a ser comemorada com concertos de música no Cine-Teatro, embora reconheça que a situação pandémica assim o exige. “Não vejo a hora de voltar a viver uma Ascensão como antigamente, a correr atrás dos toiros e de beber uns copos com os meus amigos”, remata.

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