Sociedade | 15-05-2021 10:00

Em Riachos temos campos lindos e a perder de vista que podemos desfrutar

Em Riachos temos campos lindos e a perder de vista que podemos desfrutar
ESTAMOS EM ASCENSÃO
Teresa Tapadas é uma defensora das tradições e cultura locais (foto DR)

A fadista Teresa Tapadas sempre viveu a Quinta-Feira de Ascensão com muita intensidade.

Teresa Tapadas sempre viveu a Quinta-Feira de Ascensão com intensidade. A fadista, que se diz muito ligada à terra e às tradições, continua a ir ao campo nesse dia com a família apanhar a espiga. Nem o ano passado, quando o país estava em confinamento devido à pandemia de Covid-19, deixou de o fazer. “Até fiz um ramalhete e entreguei a uma prima minha que não podia ir apanhar a espiga e estava muito triste por isso. Levei-lhe um a casa”, conta a O MIRANTE.

Natural de Riachos, concelho de Torres Novas, onde ainda vive, Teresa Tapadas considera que há tradições, como a da Ascensão, que não se devem perder. “Há tradições que se devem preservar e que são muito mais importantes do que o dinheiro ou a ambição profissional. Devemos passar as tradições ao mais novos para não se perderem”, afirma. Este ano vai manter a tradição de ir ao campo compor o ramalhete da espiga para que haja prosperidade durante o ano inteiro. “A Ascensão não é só ir ver os toiros passarem na estrada. Em Riachos há campos lindos e a perder de vista que temos para desfrutar”, realça.

O último ano foi difícil para a fadista que esteve um ano sem trabalhar. Agora já tem espectáculos agendados, sobretudo a partir de Setembro, mas em Maio já vai cantar em casamentos, como costuma fazer. A fadista confessa que foi um ano complicado sobretudo a nível emocional. “Quando se faz o que se ama ficar sem trabalhar é o mesmo que perder uma perna ou um braço. Foi uma sensação muito triste. O não poder viver, não conviver como tanto gosto. Sou uma mulher de afectos, de comunicar com as pessoas e para mim tem sido muito difícil estar sem cantar, sem fazer espectáculos”, admite.

Teresa Tapadas vive uma dualidade de sentimentos. Está optimista que o desconfinamento no nosso país não volte para trás mas preocupada por ver muita gente despreocupada como se o vírus já não existisse. “Não podemos deitar abaixo tudo o que já conseguimos e regredirmos. Temos que ter cuidado na mesma”, alerta.

Em relação ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) sempre teve uma boa opinião e sempre que precisou foi bem atendida. “Não há sistemas perfeitos e o nosso é muito bom. As pessoas querem é rapidez e isso nem sempre é possível. Há países mais evoluídos onde o sistema de saúde é muito precário”, afirma acrescentando que a pandemia veio mostrar que o SNS funciona.

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