O MIRANTE | 16-11-2018 09:00

“A minha terra é onde sou feliz e sou feliz quando estou com os que gosto”

“A minha terra é onde sou feliz e sou feliz quando estou com os que gosto”
31º ANIVERSÁRIO DE O MIRANTE
Maria do Céu Albuquerque Presidente da câmara municipal de Abrantes

Maria do Céu Albuquerque - Presidente da Câmara Municipal de Abrantes

A nossa terra é a terra onde nascemos ou pode ser uma outra terra a que nos ligam laços afectivos ou outros. Qual é para si a sua terra? O que a liga a ela?

A minha terra é aquela onde sou feliz. O que me liga à minha terra e às terras que marcam a minha vida são as pessoas e as relações interpessoais. Quando estou no Porto, com a minha filha mais velha, sou do Porto. Quando estou em Londres, com a mais nova, sou de Londres. Sou de Abrantes, quando estou com os meus pais. Os lugares são isso mesmo. Espaços onde fazemos relações. A minha terra é onde sou feliz. Sou feliz quando estou com os que gosto.

Como descreveria a sua terra a alguém que não a conheça?

A minha terra é, primeiro, o lugar onde sou feliz. Quanto a Abrantes é uma cidade que está em expectativa estratégica, como dizem os militares. Está no centro do país, tem excelentes acessibilidades ferroviárias e rodoviárias, tem pessoas simpáticas que sabem receber, um património que importa conhecer e valorizar e uma gastronomia rica e diversificada. Por isso, contamos que os turistas se sintam atraídos para que possam conhecer o que temos para oferecer.

Quais as pessoas mais importantes durante a sua infância? Porquê?

Para além da minha família directa, mãe e pai, a minha avó materna, a minha tia Alice e a minha prima Teresa. A minha professora do 1º e 2º ano tem um lugar especial também.

Quais os principais valores que lhe foram transmitidos e que ainda hoje perduram?

O trabalho, a honestidade, a lealdade.

Ainda conserva amigos de infância? São os seus melhores amigos ou as voltas da vida levaram-no a ter outros bons amigos?

Conservo muitos amigos de infância mesmo sem termos uma relação próxima por vicissitudes da vida de cada um de nós. Mas quando nos encontramos, foi apenas ontem que deixámos essa fase da nossa vida!

Qual foi a fase da vida que achou mais interessante viver até hoje?

Todas as fases têm o seu encanto e isso é o que me encanta na vida. Coimbra. A universidade. O meu marido. Abrantes. As minhas filhas. O serviço público como presidente de câmara. Agora os meus pais, que velhinhos, vem ocupar o lugar deixado pelas miúdas que estudam fora.

Quando passeia na terra onde vive o que mais lhe agrada?

Agrada-me o céu azul. O património natural e construído. Nas aldeias. No centro histórico. A nossa história. As pessoas simples.

A sua terra tem perdido ou ganho população? Qual a sua explicação para isso acontecer?

Tem perdido. À semelhança do que se passa no país e na Europa. A tendência demográfica que importa contrariar.

Há algumas coisas que lhe desagradem?

Nem tudo é perfeito. Por isso mesmo sou presidente de câmara. Para tentar fazer um pouco mais pela minha terra e pelos meus concidadãos. Num exercício de cidadania activa.

Todos os anos as câmaras municipais fixam (dentro de limites mínimos e máximos impostos por lei) impostos. Considera que tem havido razoabilidade no seu concelho?

Achamos que sim. Devolvemos às famílias IRS e IMI. Não cobramos as taxas máximas. Isentamos a Derrama às empresas com lucros inferiores a 150.000Euros. Atribuímos idênticos incentivos para a criação de emprego. No comércio do centro histórico. Mais de 20 lojas abertas. No Parque Tecnológico. Mais de oito postos de trabalho qualificados apoiados. Damos incentivos para a regeneração urbana. Hoje há 105 imóveis privados a serem reabilitados.

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