O MIRANTE | 16-11-2018 12:00

“Não sou a pessoa que era há vinte anos mas os meus princípios mantêm-se”

“Não sou a pessoa que era há vinte anos mas os meus princípios mantêm-se”
31º ANIVERSÁRIO DE O MIRANTE
Duarte Bernardo Director Geral da Escola Profissional de Salvaterra de Magos

Duarte Bernardo - Director Geral da Escola Profissional de Salvaterra de Magos

Pela afectividade e educação, entre outros motivos mais, os meus pais foram, sem dúvida, as pessoas mais relevantes na minha infância. Entre muitos valores que me transmitiram destaco a lealdade, a resiliência, a tolerância e o altruísmo.
Pelas vicissitudes que a vida traz, apenas uma pequena minoria de amigos de infância ficou nas memórias que o tempo guardou. Mas não me queixo! O caminho tem sido bom. Conservo desses tempos um “irmão” que até hoje se comporta como tal.
Posso assegurar que já vivi fases muito interessantes na minha vida, mas quero acreditar que ainda estão por escrever novas etapas, quem sabe mais interessantes que as anteriores. Temos muitas vidas dentro de uma vida só. Independentemente de os princípios basilares permanecerem intactos, não sou a mesma pessoa de há 20 anos, tal como acontece com o mundo e a sociedade.
À medida que vamos envelhecendo, a erosão do caminho percorrido afasta os afectos entre pessoas para gavetas escondidas. Para mim, a afectividade e o respeito devem estar sempre no centro das relações humanas. Como também sou “romântico”, destaco do meu percurso de vida, a infância e a adolescência, onde os filtros e sonhos não cabem na estratégia de um tabuleiro de xadrez, como fases bonitas já vividas.
A nossa terra é aquela que nos faz sentir afectivamente, socialmente ou profissionalmente conectados. No meu caso, e porque já vivi em várias terras, os concelhos de Salvaterra de Magos e Leiria são onde me sinto em casa. São as terras que transportam o cheiro da minha infância e o meu crescimento enquanto pessoa.
A minha terra adoptiva, Salvaterra de Magos, destaca-se pela beleza das paisagens fluviais e pelos campos a perder de vista. É um concelho em que as actividades económicas se encontram predominantemente ligadas ao sector primário, com ênfase na agricultura. Estar próximo da grande metrópole, ter tranquilidade, boas acessibilidades e serviços de apoio é um privilégio.
Na vila que dá nome ao concelho encontram-se alguns edifícios que remontam ao tempo da monarquia, nomeadamente a Capela Real ou a Falcoaria, que merecem uma visita, não esquecendo uma degustação dos famosos Barretes, dos pratos de enguias e da ginjinha local.
Considero Salvaterra um concelho seguro para se viver. Não terei grandes problemas em deixar sair os meus filhos à noite, desde que sinta neles a capacidade de tomarem decisões acertadas perante as mais variadas situações. Na maioria das vezes, os problemas não estão só na segurança de uma localidade ou espaço. As opções que um jovem toma poderão ter uma enorme influência na possibilidade de uma noite ser mais ou menos segura. Mas preocupado estarei sempre, porque sou pai...

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