O MIRANTE | 16-11-2018 09:00

“Quem não exerce o direito de voto não tem legitimidade para se estar sempre a queixar”

“Quem não exerce o direito de voto não tem legitimidade para se estar sempre a queixar”
31º ANIVERSÁRIO DE O MIRANTE
Pedro Bastos Presidente da Comissão Executiva do Hospital Vila Franca de Xira

Pedro Bastos - Presidente da Comissão Executiva do Hospital Vila Franca de Xira

Sou “alfacinha de gema”, nascido e criado na capital. Tenho raízes na região de Viseu, onde passei inúmeras férias de Verão e por esse facto, sou igualmente Beirão. Nos últimos anos aprendi a ser Ribatejano, com este forte envolvimento com a comunidade que servimos que a função actual me proporciona.

Descrevendo esta região ribatejana considero-a com uma cultura muito própria, com uma forte influência do rio Tejo, dos touros e da gastronomia. A proximidade a Lisboa poder-lhe-ia retirar interesse e identidade mas, neste caso, acentuou-a. A ligação ao rio Tejo que se foi perdendo ao longo de muitos anos está neste momento a ser revigorada e com um fantástico potencial.

As pessoas mais importantes durante a minha infância foram os meus pais e irmão. Foram os meus pais que me transmitiram valores como honestidade, compromisso, lealdade, trabalho, responsabilidade e solidariedade.
Os amigos que conservo são os da faculdade, são como família. Reunimo-nos ainda hoje com as respectivas famílias mensalmente. São relações muito fortes e que perdurarão por toda a vida.

A vida deve ser vivida com intensidade e atitude positiva nas suas diferentes fases. Todas marcam. Todas reflectem o nosso passado e moldam as fases futuras.
O conceito de Bairro é algo que me agrada profundamente. A possibilidade de sairmos à rua e tratarmos do que necessitamos sem necessidade de utilizarmos transporte próprio ou colectivo, o dispor de espaços de convívio, praças, esplanadas, espaços verdes, enfim, tudo aquilo que um correcto planeamento urbanístico efectuado de raiz deveria respeitar. Sempre que possível a existência do elemento água deverá ser potenciado.

O que me desagrada no dia-a-dia é o lixo, o caos no planeamento urbanístico, a ausência de espaços para as pessoas poderem estar fora de casa, a ausência de espaços verdes e o privilegiar os carros em detrimento das pessoas.
As terras com menor dinamismo tendem a perder população para os grandes centros urbanos ou para terras contíguas com melhor qualidade de vida. Num cenário de redução de população a nível nacional este fenómeno é ainda mais acentuado.

Os autarcas e o poder central nas suas competências são os principais responsáveis na criação de boas condições de vida e de criação do dinamismo necessário ao progresso das regiões. Obviamente que a população tem sempre a possibilidade de mudar os protagonistas quando é chamada a pronunciar-se nas eleições. Quem não exerce o direito de voto não tem legitimidade para se estar sempre a queixar.
Todos conhecemos algumas zonas pouco recomendáveis na cidade de Lisboa. Desde que sejam evitados esses locais não tenho qualquer problema em sair à noite ou deixar os meus filhos sair.

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