O MIRANTE | 16-11-2018 10:00

“Nunca deixar para trás os que têm dificuldade em ter uma vida digna”

“Nunca deixar para trás os que têm dificuldade em ter uma vida digna”
31º ANIVERSÁRIO DE O MIRANTE
Diamantino Duarte Director Geral da Resitejo

Diamantino Duarte - Director Geral da Resitejo

Quais as pessoas mais importantes durante a sua infância?

As pessoas mais importantes da minha infância foram os meus pais e os meus irmãos, pois para além de serem sempre os meus melhores amigos sempre me deram todas as condições para que eu tenha conseguido ao longo da vida atingir os objectivos a que me vou propondo alcançar.

Quais os principais valores que lhe foram transmitidos e que ainda hoje perduram?

Lealdade, solidariedade, amizade e o mais importante: nunca deixar para trás aqueles que por infelicidade têm dificuldade em ter uma vida digna da pessoa humana.

Ainda conserva amigos de infância? São os seus melhores amigos ou as voltas da vida levaram-no a ter outros bons amigos?

Ainda conservo alguns amigos de infância, mas a vida tem me possibilitado conhecer outras pessoas e esse facto possibilitou-me ter hoje alguns bons amigos, alguns vivendo a muitos quilómetros.

A nossa terra é a terra onde nascemos ou pode ser uma outra terra a que nos ligam laços afectivos ou outros. Qual é para si a sua terra?

A minha terra de coração será para toda a vida Tremez, onde nasci, cresci e aprendi a ser homem. E o que me vai sempre ligar a ela são as recordações de infância e da adolescência e os valores que os mais velhos sempre me transmitiram.

Como descreveria a sua terra a alguém que não a conheça?

Uma terra onde se vive a vida de uma forma alegre, onde não existe a pressão das grandes urbes, onde os filhos e netos podem brincar na rua e onde se pode estacionar o carro sem que uma qualquer empresa nos cobre uma taxa qualquer. Em suma onde se pode viver uma vida saudável.

Qual foi a fase da vida que achou mais interessante viver até hoje?

Ao longo da minha vida houve duas fases importantes: a primeira quando, aos dezasseis anos, abandonei a terra onde sempre tinha vivido e cheguei à Marinha portuguesa. Foram anos que marcaram o resto da minha vida, pelo que vivi, pelo mundo que conheci e pelo que apreendi. A segunda está relacionada com os últimos dezasseis anos, período em que tenho tido a possibilidade de viver um projecto (Resitejo) que para além do trabalho realizado para ajudar o país a atingir os objectivos ambientais a que o mesmo se comprometeu tem possibilitado a criação de um grande número de postos de trabalho para quem até aí o não tinha e dessa forma disponibilizar, a todos aqueles que têm podido usufruir desse bem “trabalho”, uma vida melhor.

Quando passeia na terra onde vive o que mais lhe agrada?

Aquilo que mais aprecio é a qualidade de vida pois sem ela todas as outras coisas têm um valor relativo.

A sua terra tem perdido população?

A minha terra, como quase todas as outras que estão incluídas nos espaços rurais do país, tem vindo a perder população e infelizmente não vislumbro grande alteração a essa realidade. Para a inverter temos de começar por ser capazes de transmitir aos mais novos que um dos bens mais importantes da nossa vida é a qualidade da mesma e isso o mundo rural ainda pode dar. Depois é preciso que o poder local e nacional criem nas comunidades rurais as condições que possibilitem aos casais em início de vida a sua fixação nas mesmas, a começar, por exemplo, por um local onde possam deixar os seus filhos enquanto trabalham.

Tem havido razoabilidade na fixação dos impostos municipais no concelho de Santarém?

Infelizmente acho que, nesse aspecto, nem sempre se decidiu com a razoabilidade necessária.

A sua terra é segura?

Felizmente a minha terra é uma terra segura, onde todos podemos sair à rua sem ter de andar a olhar para a nossa sombra.

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